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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Erosão

 A Erosão é um processo de transformação dos solos oriundo das ações dos agentes externos ou exógenos que consiste no desgaste na superfície terrestre, prosseguido pelo transporte e deposição de sedimentos. Trata-se de um procedimento natural, entretanto, a ação humana contribui para a sua intensificação.


O processo descontrolado de erosão traz grandes prejuízos para o meio ambiente, pois atua no desgaste do solo, dificulta a manutenção de espécies de animais e vegetais, além de atrapalhar as atividades humanas.


As erosões possuem vários estágios, dependendo do nível de profundidade e da gravidade de sua ocorrência. Geralmente, elas se iniciam com o processo de lavagem superficial dos solos, também chamado de lixiviação ou erosão laminar; depois, elas se intensificam com o processo de ação das chuvas e dos ventos, surgindo alguns buracos e “linhas” marcadas sobre a terra, as erosões em sulcos ou sulcos erosivos.


Quando os agentes modeladores continuam atuando na intensificação desse processo, ocorre a formação de ravinas (erosões mais profundas) e voçorocas (quando a erosão atinge o lençol freático ou é extremamente profunda).


Entre as ações humanas que causam a formação de processos erosivos destaca-se a retirada das vegetações, que exercem a função de conter a força das águas e dos ventos (atuando como uma espécie de obstáculo) e ajudam a manter a firmeza do solo, através de suas raízes.


No meio urbano, as erosões acontecem em razão da falta de planejamento, com a formação de ruas que ocupam verticalmente toda uma vertente, por exemplo. Durante as chuvas, a enxurrada desce a vertente com muita velocidade, formando buracos em seu percurso e formando ravinas e voçorocas na porção inferior das vertentes, geralmente próximas a cursos d’água.


Tipos de erosão


Erosão por gravidade: quando ocorre o transporte e deposição de sedimentos da superfície em virtude da ação da gravidade, com a queda de partículas e rochas. Acontece, principalmente, em regiões montanhosas e com alta declividade.


Erosão fluvial: erosão causada pela ação das águas dos rios sobre as superfícies dos cursos d’água e de encostas. Atuam também no desgaste do solo durante enchentes periódicas ou períodos de cheias. É intensificada com a retirada das matas ciliares, ou seja, as vegetações localizadas nas margens dos rios.


Erosão pluvial: ocorre em razão da ação das águas das chuvas, que desgastam a superfície e transportam sedimentos. Esse processo atua também na lavagem dos solos e, quando as águas da chuva encontram um solo sem vegetação, passam a ser responsáveis pela formação de graves tipos de erosão.


Erosão marinha: causada pelas águas dos mares e oceanos, atua na modelagem da morfologia litorânea, contribuindo para a formação de praia e encostas através da degradação das rochas.


Erosão eólica: ocorre em virtude da ação dos ventos sobre a superfície, atuando no transporte dos sedimentos e partículas menores e degradando lentamente formações rochosas, conferindo a elas formas bastante peculiares.


Erosão glacial: ocorre graças aos movimentos abruptos das geleiras (como as avalanches). Também atuam no transporte de sedimentos, através de congelamento e movimentação.


Por: Rodolfo F. Alves Pena

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Karl Popper

 Biografia de Karl Popper

Karl Popper (1902-1994) foi um filósofo austríaco, naturalizado britânico, que elaborou teorias que defendiam que o conhecimento científico decorre da experiência individual, e que não pode ser verificado por meio do raciocínio indutivo.


Formulou assim, o “Método Hipotético Dedutivo”, e se destacou como um dos mais importantes filósofos do Século XX.


Karl Raymund Popper nasceu em Viena, na Áustria, no dia 28 de julho de 1902. Descendente de família judaica recebeu grande incentivo para os estudos.


Ingressou na Universidade de Viena onde estudou matemática, física e psicologia. Começou a lecionar em escolas primárias e depois no ensino médio.


Em 1925, passou a trabalhar no Instituto de Pedagogia de Viena, criado com o objetivo de implantar modificações no ensino.


Em 1928 doutorou-se em Filosofia. Ao estabelecer contato com os membros do Círculo de Viena, critica alguns aspectos do positivismo lógico defendido pelo círculo.


Desde então, transforma-se em filósofo profissional, dedicando-se ao ensino e à pesquisa. Entre 1935 e 1936 permanece em Londres, proferindo numerosas conferências.


Com a ascensão do nazismo na Europa, Popper emigrou para a Nova Zelândia. Lecionou filosofia no Canterbury College, em Christchurch. Durante esse período escreveu vários artigos e livros.


Em 1949 retorna para Londres como reader da London School of Economics and Political Science. Em 1950 é promovido a professor de lógica e metodologia da ciência.


Membro ativo de diversas organizações internacionais de filosofia, ele presidiu algumas delas, participou de diversos congressos e colaborou com as revistas especializadas.


Teoria de Karl Popper

Karl Popper foi citado como um dos membros do Círculo de Viana, mas na verdade, foi um crítico severo do positivismo lógico defendido pelos reais membros do Círculo.


Segundo Popper, a ciência progride ao atravessar três etapas:


1 – a colocação de um “problema”,

2 – a apresentação de “conjecturas”, propostas como soluções (ainda que provisórias) para o problema em pauta,

3 – a tentativa honesta de contestar essas conjecturas, ou seja, provar que ela pode ser falsa.


Opõe-se dessa maneira radicalmente, ao que se poderia chamar “concepção indutiva” do progresso da ciência, que se resume em três etapas: “observar”, generalizar indutivamente, para chegar às leis e às teorias, e confirmar as generalizações.


Popper achava que as teorias científicas eram passíveis de erros e críticas, não havendo assim, uma teoria da ciência que fosse eterna e imutável.


Segundo ele o que deveria ser feito por outros estudiosos era a comprovação da “falseabilidade” das teorias científicas para elaboração de outras que poderiam resolver as questões propostas pela ciência.


Agraciado com muitos títulos honoríficos, inclusive o de Sir e de professor emérito da Universidade de Londres, Popper escreveu diversas obras, entre elas:


Lógica da Pesquisa (1934)

A Sociedade Aberta e Seus Inimigos (1945)

A Miséria do Historicismo (1957)

Conjecturas e Refutações (1963)

Lógica da Descoberta Científica (1972)

Karl Popper faleceu em Kenley, Inglaterra, no dia 17 de setembro de 1994.


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Epiderme Vegetal

Função da Epiderme Vegetal


 A epiderme vegetal, por ser um tecido de revestimento, auxilia também na proteção da planta contra agentes patogênicos e danos físicos, além de apresentar funções específicas nos diferentes órgãos em que está presente. Em raízes, por exemplo, esse tecido ajuda na absorção de água e sais minerais. Nas partes aéreas, ele protege contra a perda de água e a ação de insetos, por exemplo.


→ Apêndices epidérmicos


A epiderme vegetal pode apresentar alguns apêndices com funções específicas:


Pelos radiculares ou absorventes: são prolongamentos das células epidérmicas presentes na raiz que aumentam a superfície de absorção de água e sais minerais;


Tricomas: são projeções de células epidérmicas, presentes nas partes aéreas, com funções variadas. Algumas plantas, como a urtiga, contêm uma substância urticante que protege-as contra o ataque de herbívoros;


Acúleos: são formações da epiderme que se soltam facilmente dela.


Os acúleos diferem-se dos espinhos por sua origem epidérmica e por não apresentar tecidos vasculares. Os espinhos são modificações foliares ou de ramos caulinares. As rosas possuem acúleos e não espinhos.


Por Helivania Sardinha dos Santos

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Características do ácido abscísico

 O ácido abscísico é um hormônio encontrado em briófitas (com exceção das hepáticas), pteridófitas, vegetais superiores e fungos. Ele atua no retardamento do crescimento e desenvolvimento desses organismos. Esse hormônio pode ser encontrado em todas as partes das plantas, mas, acredita-se que a sua produção ocorra nas regiões meristemáticas, nas raízes, no caule, nas flores, sendo que frequentemente altas concentrações são encontradas nos frutos, nas sementes, nas gemas e nas folhas. O transporte desse ácido para as demais regiões da planta é feito através dos vasos condutores de seiva, chamados de floema e xilema.


O nome ácido abscísico foi dado a esse hormônio pelo fato de uns acreditarem que ele era o responsável pela abscisão (corte, queda) das folhas, flores e frutos, mas atualmente sabemos que o hormônio responsável por esse processo é o etileno.


Esse hormônio sempre entra em ação quando o vegetal se encontra em situações adversas, como por exemplo, no inverno, estações muito secas etc. Assim que entra em ação, ele, além de atuar no retardamento e desenvolvimento dos vegetais, atua também inibindo a germinação das sementes, promovendo a senescência, a dormência das gemas e também o fechamento dos estômatos.  Quando o inverno ou a estação seca passa, as condições melhoram e os vegetais voltam a crescer e a se desenvolver.

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