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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Questões sobre Iluminismo

 Questão 1

Qual filósofo iluminista se destacou ao afirmar que o ser humano nascia bom, mas a sociedade era responsável por torná-lo mal?


a) Montesquieu

b) Thomas Hobbes

c) Rousseau

d) Diderot



Questão 2

Em que época da história surgiu a Ilustração?


a) Antigo Regime

b) Idade Média

c) Era Vitoriana

d) Belle-Époque



Questão 3

Qual era o objetivo da Enciclopédia?


a) Ajudar autores menos conhecidos a serem editados

b) Divulgar a produção de cientistas franceses daquela época

c) Publicar artigos somente sobre ciências humanas

d) Popularizar o saber



Nível médio

Questão 4

O Iluminismo ou Ilustração foi uma escola filosófica que criticava abertamente o poder absoluto dos reis. No entanto, os próprios iluministas propunham um novo sistema político que consistia:


a) Na limitação do poder real através da Constituição e das leis municipais.

b) Na divisão do poder absoluto em três ramos distintos, mas interligados no Executivo, Legislativo e Judiciário.

c) Na criação de uma Assembleia de Notáveis em cada país cuja função seria fiscalizar o poder do rei e assim evitar abusos.

d) Na supressão da figura do monarca e sua substituição por uma democracia direta eleita por sufrágio universal.



Questão 5

Evelyn Beatrice Hall (1858-1956), biógrafa de Voltaire, resumiu o pensamento do escritor com a célebre frase “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”.


A frase expressa um dos ideais do iluminismo como:


a) Liberdade de expressão

b) Divisão de poderes

c) Preponderância da ciência

d) Valor da educação



Questão 6

O Iluminismo é uma filosofia que deixou marcas profundas na sociedade ocidental. Atualmente, inclusive, podemos verificar a influência do iluminismo em fatos como:


a) Criação da Constituição

b) Instituição dos Três Poderes

c) Surgimento do parlamento

d) Elaboração de leis escritas



Nível difícil

Questão 7

Leia o trecho abaixo sobre o liberalismo econômico:


"Na base do pensamento liberal estava a crença que o mercado, livre de regulações e restrições, teria um funcionamento perfeito: uma espécie de mão invisível fazia que as relações entre consumidores e produtores, movidos pelo próprio interesse, convergissem ao interesse geral."


Adaptado de “El liberalismo económico y el fin de la economia moral”, La Marea, consultado em 15.07.2020.


Assinale a alternativa que descreve qual seria o papel do Estado, segundo o liberalismo econômico:


a) O Estado seria mais um dos agentes econômicos e deveria se unir ao mercado a fim de criar um ambiente propício ao crescimento social.

b) Caberia ao Estado fixar preços, regular a produção e plantio, intervir na distribuição de alimentos, porém deixar as atividades industriais ao mercado.

c) O Estado, na figura do Poder Judiciário, seria o mediador entre os interesses do mercado e da população.

d) A função primordial do Estado consistiria em cuidar do funcionamento do mercado, porém sem se intrometer através de regulamentações excessivas.



Questão 8

Leia o trecho abaixo:


“A respeito do analfabetismo, a Imperatriz Maria Teresa da Áustria impôs a educação obrigatória. Ainda que, a princípio, foi recebida com hostilidade, ela não permitiu que a ignorância dos pais terminasse com a iluminação das crianças.”


Adaptado de María Teresa I de Austria, la Reina que prohibió la quema de brujas. Jornal ABC. Consultado em 15.07.2020


A Imperatriz Maria Teresa foi um claro exemplo de “déspota esclarecido”, pois:


a) Durante seu governo, soube conciliar alguns princípios iluministas como a educação básica, mas sem limitar o poder real com uma Constituição.

b) Entendeu que a Ilustração era a melhor maneira de contentar burguesia, clero e nobreza e por isso levou a cabo um grande projeto educacional para extinguir o analfabetismo do seu reino.

c) Adotou ideias do iluminismo na educação, porém não fez o mesmo em outros âmbitos como a limitação do poder do clero e da nobreza.

d) Tornou-se um paradigma de déspota esclarecido ao se corresponder com personalidades como Voltaire, porém sem deixar que isso afetasse as leis austríacas.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Exercícios sobre Classicismo

 Questão 1

Sobre o classicismo é correto afirmar:


a) Movimento que faz referência aos modelos clássicos greco-romanos.

b) Presença de poemas com versos livres e brancos.

c) Memorial de Aires é um exemplo de romance classicista.

d) Possui uma linguagem informal, com uso de regionalismos.

e) Movimento que surge no século V na Europa.



Questão 2

No Brasil, o período correspondente ao classicismo europeu foi chamado de


a) Arcadismo

b) Simbolismo

c) Quinhentismo

d) Parnasianismo

e) Barroco



Questão 3

Um dos maiores autores de língua portuguesa, Luís Vaz de Camões, escreveu obras no período classicista. Uma delas que se destaca é


a) Odisseia

b) Eneida

c) A Guerra de Troia

d) Os Lusíadas

e) Dom Quixote



Questão 4

A linguagem do classicismo é


a) subjetiva e informal

b) rebuscada e culta

c) subjetiva e clássica

d) objetiva e irracional

e) objetiva e formal



Questão 5

Miguel de Cervantes, um dos autores de grande destaque na literatura classicista espanhola, escreveu Dom Quixote de La Mancha. Essa obra faz uma sátira ao gênero


a) Hagiografias

b) Novelas de cavalaria

c) Poesia Palaciana

d) Prosa historiográfica

e) Nobiliários



Questão 6

(UNISA) Assinale a alternativa incorreta, em relação a Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões:


a) Foi publicada em 1572.

b) Contém 10 cantos.

c) Contém 1102 estrofes em oitava rima.

d) Conta a viagem de Vasco da Gama às Índias.

e) N.d.a.



Questão 7

(Mackenzie) O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os Lusíadas" aparece em outro momento do poema. Isso acontece no episódio:


a) do Gigante Adamastor.

b) do Velho do Restelo.

c) de Inês de Castro.

d) dos Doze de Inglaterra.

e) do Concílio dos Deuses.



Questão 8

(Mackenzie) Assinale a alternativa correta sobre Camões.


a) Além de usar metros mais populares, utilizou-se da medida nova, especialmente nas redondilhas que recriam, poeticamente, um quadro harmônico da vida e do mundo.

b) O tema do desconcerto do mundo é um dos aspectos característicos de sua poesia, presente, por exemplo, nos sonetos de inspiração petrarquiana.

c) Introduziu o estilo cultista em Portugal, em 1580, explorando antíteses e paradoxos nos poemas de temática religiosa.

d) Autor mais representativo da poesia medieval portuguesa, produziu, além de sonetos satíricos, a obra épica Os lusíadas.

e) Influenciado pelo Humanismo português, aderiu ao cânone clássico de composição poética, afastando-se, porém, das inovações métricas e dos modelos greco romanos.



Questão 9

(Fuvest) Na Lírica de Camões:


a) o verso usado para a composição dos sonetos é o redondilho maior;

b) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos;

c) cantar a pátria é o centro das preocupações;

d) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX;

e) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade.



Questão 10

(Enem-2013) Estão, entre os principais representantes do Classicismo português:


a) Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.

b) Florbela Espanca e Almeida Garrett.

c) Antero de Quental e Almada Negreiros.

d) Francisco de Sá de Miranda e Luís Vaz de Camões.

e) Eça de Queiroz e Miguel Torga.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE O MUNDO ANTIGO

 QUESTÃO 1

(Enem 2019)


A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.


CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.


Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:


a) Controle da terra.


b) Liberdade de culto.


c) Igualdade de gênero.


d) Exclusão dos militares.


e) Exigência da alfabetização.



QUESTÃO 2

(Enem 2020)


Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o Senado romano governavam a República em harmonia e sem paixão, e não havia entre os cidadãos luta por glória ou dominação; o medo do inimigo mantinha a cidade no cumprimento do dever. Mas, assim que o medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto é, a libertinagem e o orgulho.


SALÚSTIO. A conjuração da Catilina/A guerra de Jugurta. Petrópolis: Vozes. 1990 (adaptado).


O acontecimento histórico mencionado no texto de Salústio, datado de I a.C., manteve correspondência com o processo de


a) demarcação de terras públicas.


b) imposição da escravidão por dívidas.


c) restrição da cidadania por parentesco.


d) restauração de instituições ancestrais.


e) expansão das fronteiras extrapeninsulares.



QUESTÃO 3

(Enem 2020)


Na Grécia, o conceito de povo abrange tão somente aqueles indivíduos considerados cidadãos. Assim é possível perceber que o conceito de povo era muito restritivo. Mesmo tendo isso em conta, a forma democrática vivenciada e experimentada pelos gregos atenienses nos séculos IV e V a.C. pode ser caracterizada, fundamentalmente, como direta.


MANDUCO, A Ciência Política. São Paulo: Saraiva. 2011.


Naquele contexto, a emergência do sistema de governo mencionado no excerto promoveu o(a)


a) competição para a escolha de representantes.


b) campanha pela revitalização das oligarquias.


c) estabelecimento de mandatos temporários.


d) declínio da sociedade civil organizada.


e) participação no exercício do poder.



QUESTÃO 4

(Enem 2021)


Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na sala de jantar. Na pequena célula cristã, dividia-se a refeição e durante elas os crentes conversavam, rezavam e liam cartas de correligionários residentes em locais diferentes do Império Romano (século II da Era Cristã). Esse ambiente garantia peculiar apoio emocional às experiências intensamente individuais que abrigava.


SENNET. R, Carne e pedra. Rio de Janeiro; Record, 2008.


Um motivo que explica a ambientação da prática descrita no texto encontra-se no(a)


a) regra judaica, que pregava a superioridade espiritual dos cultos das sinagogas.


b) moralismo da legislação, que dificultava as reuniões abertas da juventude livre.


c) adesão do patriciado, que subvertia o conceito original dos valores estrangeiros.


d) decisão politica, que censurava as manifestações públicas da doutrina dissidente.


e) violência senhorial, que impunha a desestruturação forçada das famílias escravas.



QUESTÃO 5

(Enem 2019)


Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não existiria a cidade.


BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).


De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como característica fundamental o(a)


a) dedicação altruísta em ações coletivas.


b) participação direta em fóruns decisórios.


c) ativismo humanista em debates públicos.


d) discurso formalista em espaços acadêmicos.


e) representação igualitária em instâncias parlamentares.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

EXERCÍCIOS SOBRE SELEÇÃO NATURAL

 QUESTÃO 1

(Enem 2020) Acredita-se que os olhos evoluíram de órgãos sensores de luz para versões que formam imagens. O olho humano atua como uma câmera, coletando, focando e convertendo a luz em sinal elétrico, que é traduzido em imagens pelo cérebro. Mas em vez de um filme fotográfico, é uma retina que detecta e processa os sinais, utilizando células especializadas. Moluscos cefalópodes (como as lulas) possuem olhos semelhantes aos dos humanos, apesar da distância filogenética.


LAMB, T. D. A fascinante evolução do olho: cientistas já têm uma visão clara de como surgiram nossos olhos tão complexos. Scientific American Brasil, ed. 111, ago. 2011 (adaptado).


A comparação dos olhos mencionada representa que tipo de evolução?


a) Aleatória


b) Homóloga


c) Divergente


d) Progressiva


e) Convergente



QUESTÃO 2

(Enem 2020) Os frutos da pupunha têm cerca de 1 g em populações silvestres no Acre, mas chegam a 70 g em plantas domesticadas por populações indígenas. No princípio, porém, a domesticação não era intencional. Os grupos humanos apenas identificavam vegetais mais saborosos ou úteis, e sua propagação se dava pelo descarte de sementes para perto dos sítios habitados.


DÓRIA, C. A.; VIEIRA, I. C. G. Iguarias da floresta. Ciência Hoje, n. 310, dez. 2013.


A mudança de fenótipo (tamanho dos frutos) nas populações domesticadas de pupunha deu-se porque houve


a) introdução de novos genes.


b) redução da pressão de mutação.


c) diminuição da uniformidade genética.


d) aumento da frequência de alelos de interesse.


e) expressão de genes de resistência a patógenos.



QUESTÃO 3

(Enem 2014) Embora seja um conceito fundamental para a biologia, o termo “evolução” pode adquirir significados diferentes no senso comum. A ideia de que a espécie humana é o ápice do processo evolutivo é amplamente difundida, mas não é compartilhada por muitos cientistas.


Para esses cientistas, a compreensão do processo citado baseia-se na ideia de que os seres vivos, ao longo do tempo, passam por


a) modificação de características.


b) incremento no tamanho corporal.


c) complexificação de seus sistemas.


d) melhoria de processos e estruturas.


e) especialização para uma determinada finalidade.



QUESTÃO 4

(Enem 2014) Um novo tipo de replicador surgiu recentemente neste planeta. Ainda está em sua infância num caldo primordial, mas já está evoluindo a uma velocidade que deixa o gene para trás. O novo caldo é a cultura humana. Precisamos de um nome para o novo replicador, que passe a ideia de uma unidade de transmissão cultural, ou unidade de imitação.


Exemplos de memes são melodias, ideias, “slogans”, roupas da moda, modos de fazer potes ou de construir arcos. Os memes propagam-se de cérebro a cérebro por meio de imitação. Se um cientista ouve ou lê uma ideia boa, ele a transmite a seus colegas e alunos. Se a ideia “pegar”, pode-se dizer que ela se propaga por si própria.


DAWKINS, R. O gene egoísta. São Paulo: Companhia das Letras, 1976 (adaptado).


Nesses termos, o paralelo entre a evolução biológica e a evolução cultural somente será válido se


a) o acaso operar com maior intensidade sobre os genes.


b) o processo de seleção de memes for mais intenso que o dos genes.


c) as taxas de mutação de genes e memes tiverem a mesma magnitude.


d) em ambas, as informações estiverem sujeitas a cópia com modificações.


e) ambos os processos forem independentes da configuração de um ancestral.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

EXERCÍCIOS SOBRE ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA

 QUESTÃO 1

(Vunesp 2012) O clima do “politicamente correto” em que nos mergulharam impede o raciocínio. Este novo senso comum diz que todos os preconceitos são errados. Ao que um amigo observou: “Então vocês têm preconceito contra os preconceitos”. Ele demonstrava que é impossível não ter preconceitos, que vivemos com eles, e que grande quantidade deles nos é útil. Mas, afinal, quais preconceitos são pré-julgamentos danosos? São aqueles que carregam um juízo de valor depreciativo e hostil. Lembre-se do seu tempo de colégio. Quem era alvo dos bullies? Os diferentes. As crianças parecem repetir a história da humanidade: nascem trogloditas, violentas, cruéis com quem não é da tribo, e vão se civilizando aos poucos. Alguns, nem tanto. Serão os que vão conservar esses rótulos pétreos, imutáveis, muitas vezes carregados de ódio contra os “diferentes”, e difíceis (se não impossíveis) de mudar.


Adaptado de Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 07.02.2012.


O artigo citado aborda a relação entre as tendências culturais politicamente corretas e os preconceitos. Com base no texto, pode-se afirmar que a superação dos preconceitos que induzem comportamentos agressivos depende:


a) da capacidade racional de discriminar entre pré-julgamentos socialmente úteis e preconceitos disseminadores de hostilidade.


b) de uma assimilação integral dos critérios “politicamente corretos” para representar e julgar objetivamente a realidade.


c) da construção de valores coletivos que permitam que cada pessoa diferencie os amigos e os inimigos de sua comunidade.


d) de medidas de natureza jurídica que criminalizem a expressão oral de juízos preconceituosos contra integrantes de minorias.


e) do fortalecimento de valores de natureza religiosa e espiritual, garantidores do amor ao próximo e da convivência pacífica.


QUESTÃO 2

(Unioeste 2011) No itinerário histórico-cultural ocidental de estruturação do pensamento filosófico-político sobre a origem e fundamento do Estado e da sociedade política, encontra-se o modelo de pensamento contratualista (jusnaturalista), tendo em Hobbes, Locke e Rousseau filósofos relevantes na discussão dos elementos estruturais deste modelo. Segundo Norberto Bobbio, este modelo é “construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza/estado (ou sociedade) civil’”, e contém “elementos caracterizadores” deste modelo.


Com base no texto, assinale a alternativa INCORRETA.


a) Na concepção política de HOBBES, o estado de natureza é tido como um estado de guerra generalizada, de todos contra todos.


b) Na concepção política de Aristóteles, o homem é, por natureza, um ser insociável e apolítico.


c) Na concepção política de HOBBES, o poder soberano que resulta do pacto de união, por ser soberano, tem como atributos fundamentais ser um poder absoluto, indivisível e irrevogável.


d) Na concepção política de Locke, a passagem do estado de natureza para o estado civil se realiza mediante o contrato social que é um pacto de consentimento unânime de indivíduos singulares para o ingresso no estado civil.


e) Contrapondo-se a Hobbes, Locke concebe o estado de natureza como um estado de “relativa paz, concórdia e harmonia”.



QUESTÃO 3

(Enem 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.


MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).


Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao:


a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.


b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.


c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.


d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.


e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.


QUESTÃO 4

(Enem 2013)


Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.


MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.


A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:


a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.


b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.


c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.


d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.


e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.



QUESTÃO 5

(Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.


HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.


Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles:


a) entravam em conflito.


b) recorriam aos clérigos.


c) consultavam os anciãos.


d) apelavam aos governantes.


e) exerciam a solidariedade.


QUESTÃO 6

(Enem 2013) Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz.


CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).


A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra-se fundamentada na:


a) imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano.


b) abdicação dos interesses individuais e na legitimidade do governo.


c) alteração dos direitos civis e na representatividade do monarca.


d) cooperação dos súditos e na legalidade do poder democrático.


e) mobilização do povo e na autoridade do parlamento.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Exercício de Globalização e nova ordem mundial

 1) A ordem mundial atual pode ser destacada pela consolidação dos Estados Unidos como a grande potência militar e a presença desse país ao lado de outras lideranças (UE e China) que se apresentam como grandes potências econômicas. Se seguirmos essa linha de raciocínio, podemos dizer que vivemos em um mundo:


 a) unipolar

 b) unimultipolar

 c) pluropolar

 d) multipolar

 e) bélico-econômico

2) “Cansados do domínio americano do sistema financeiro global, cinco potências emergentes vão lançar esta semana sua própria versão do Banco Mundial (Bird) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — o chamado grupo do Brics — estão buscando ‘alternativas à ordem mundial existente’, segundo as palavras de Harold Trinkunas, diretor da Iniciativa Latino-Americana do Brookings Institute […]”.


(O Globo, 14/07/2014. Banco de fomento do Brics é alternativa à ordem mundial existente, dizem líderes e analistas. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia>. Acesso em: 19/09/2014).


A posição do Brics frente à Nova Ordem Mundial reflete, de certo modo, a polarização econômica que marcou o mundo após a Guerra Fria. Tal polarização reflete-se na oposição entre:


 a) o norte desenvolvido e o sul subdesenvolvido

 b) o leste socialista e o oeste capitalista

 c) as economias planificadas e as economias de mercado.

 d) as potências industriais e as sociedades agrícolas.

 e) os países imperialistas e as nações neocoloniais.

 “Alguma coisa


Está fora da ordem


Fora da nova ordem mundial”


(Caetano Veloso – Fora de Ordem)


3) Em termos gerais, uma ordem geopolítica mundial representa:


 a) o contexto bélico do mundo.

 b) a relação da diplomacia internacional.

 c) a disposição de equilíbrio de forças entre países.

 d) um conceito teórico sobre as soberanias ditatoriais.

 e) a divisão do mundo entre desenvolvidos e subdesenvolvidos.

4) (UERJ – 2009) G-20 adota linha dura para combater crise


Grupo anuncia maior controle para o sistema financeiro


Cercada de expectativas, a reunião do G-20, grupo que congrega os países mais ricos e os principais emergentes do mundo, chegou ao fim, em Londres, com o consenso da necessidade de combate aos paraísos fiscais e da criação de novas regras de fiscalização para o sistema financeiro. Além disso, os líderes concordaram, dentre várias medidas, em injetar US$ 1,1 trilhão na economia para debelar a crise.


Adaptado de http://zerohora.clicrbs.com.br


A passagem da década de 1980 para a de 1990 ficou marcada como um momento histórico no qual se esgotou um arranjo geopolítico e teve início uma nova ordem política internacional, cuja configuração mais clara ainda está em andamento.


Conforme se observa na notícia, essa nova geopolítica possui a seguinte característica marcante:


 a) diminuição dos fluxos internacionais de capital

 b) aumento do número de polos de poder mundial

 c) redução das desigualdades sociais entre o Norte e o Sul

 d) crescimento da probabilidade de conflitos entre países centrais e periféricos

5) A Nova Ordem Mundial assinala o fim da bipolaridade entre União Soviética e Estados Unidos. Então, a partir do início do século XXI, os norte-americanos iniciaram uma guerra ao terrorismo, que passou a ser o novo adversário dos EUA no cenário internacional. Um evento que pode assinalar essa nova empreitada é:


 a) A Guerra do Iraque, cujo objetivo era aniquilar o terrorista internacional Saddam Hussein.

 b) A caçada e morte de Osama Bin Laden, em 2 de Maio de 2011.

 c) A Guerra das Coreias, com o objetivo de exterminar terroristas norte-coreanos.

 d) A Guerra entre Israel e Palestina, em que os EUA buscaram extinguir facções terroristas israelenses.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Exercício de localização, regionalização e características do espaço natural na Europa

 1) (CEFET – PR) A Europa é um continente pequeno em relação ao grande número de países que o compõem. É extremamente fragmentado em termos geopolíticos, tendo um grande número de países minúsculos. Verifique as alternativas a seguir que abordam aspectos físicos e socioeconômicos desse continente e identifique a INCORRETA.


 A) É formada por países considerados mais urbanizados, mais industrializados, mais desenvolvidos, como Alemanha, França, Inglaterra, norte da Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Áustria, Suíça, Dinamarca e os países escandinavos ─ Suécia, Noruega e Finlândia. Encontram-se também países menos desenvolvidos, menos industrializados, como Portugal, Grécia e os ex-socialistas.

 B) Na região da Renânia, no noroeste da Alemanha, encontra-se a maior concentração industrial desse país, sendo também a principal área industrial da Europa. Os principais complexos urbano-industriais são: Essen, Düsseldorf, Colônia, Dortmund, Aachen, Buisburg, Bonn, etc. Além de uma forte indústria de base ─ siderurgia e metalurgia ─, ali estão instaladas também indústrias químicas, refinarias de petróleo, indústrias têxteis, alimentícias e outras.

 C) Na França, a presença do carvão mineral e do minério de ferro, no norte e no nordeste do país, mais a garantia do abastecimento de matérias-primas e do mercado consumidor, representada por um grande império colonial, favoreceram a industrialização sistematizada a partir da segunda metade do século XIX.

 D) O Reino Unido é composto por Irlanda do Norte, Escócia, País de Gales e Inglaterra. A ilha da Grã-Bretanha é uma ilha de solo ácido e pouco espaço para agropecuária.

 E) Na Itália, enquanto o Sul é uma região desenvolvida e de alta renda per capita, o Norte do país chamado “Mezzogiorno” é uma região pobre, subdesenvolvida, com baixa renda per capita, sobretudo na Sicília. A base social e econômica do norte é o latifúndio, produtos de itens agrícolas, especialmente cítricos e azeitonas.

2) (CEFET – PR) As alternativas a seguir referem-se aos países de destaque da economia Europeia. Identifique a que está INCORRETA.


 A) O território inglês encontra-se em situação privilegiada dentro da Europa: tem fronteira com o Atlântico, o Mediterrâneo e o Mar do Norte – três portas de entrada e saída, fator importante e estratégico para o desenvolvimento econômico.

 B) Na Alemanha, as reservas de ferro são pequenas, e apresentam baixo teor metálico. As jazidas estão apenas no nordeste e sudeste da antiga RFA. Por isso a Alemanha é grande importadora de ferro da Suécia e do Brasil.

 C) Na Alemanha, o relevo sofre uma inclinação do Sul para o Norte. No sul, observamos a região dos Alpes Bávaros – área originalmente coberta pela Floresta Negra resultante do clima temperado, com atividades de extrativismo vegetal e reflorestamentos.

 D) O relevo da França apresenta as seguintes características: no norte, dominam as planícies sedimentares – é o relevo de Paris; no sul, os Montes Pirineus – separando a Península Ibérica. No sudeste, os Alpes – com seu ponto culminante, o Monte Branco. Entre as duas cadeias montanhosas, um grande maciço – o Maciço Central Francês.

 E) A Península Itálica é pouco maior que os estados do Rio de Janeiro e São Paulo juntos. Suas cidades são antigas e históricas, guardando ricos monumentos, o que torna o país uma das maiores atrações turísticas de todo o mundo.


3) Analise as alternativas sobre os aspectos físicos da Europa e marque (E) para as alternativas erradas e (C) para as corretas.


a) O território europeu está localizado, em sua maior parte, na zona climática temperada do norte, entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico.

b) Com área de aproximadamente 10 milhões de quilômetros quadrados, a Europa possui a maior extensão territorial entre todos os continentes.

c) Na Europa está localizado o menor país do mundo, o Vaticano, com extensão territorial de 0,44 quilômetros quadrados.

d) O tipo de relevo predominante no território europeu são as planícies, com altitudes médias de 340 metros.

e) A Escandinávia é uma região geográfica da Europa, cuja localização é a porção leste desse território, e os países integrantes são: Rússia, Ucrânia e Romênia.


segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Exercício de Cartografia

 1) Sobre cartografia, assinale o que for correto.


 a) Os mapas batimétricos representam as diferentes profundidades dos oceanos onde o azul mais claro representa as maiores profundidades e o mais es-curo as menores profundidades.

 b) Nos mapas hipsométricos, as diferenças de altitude são normalmente expressas por verde claro (baixas altitudes), tons claros e escuros de amarelo e la-ranja (médias altitudes) e pelo marrom e vermelho escuro (maiores altitudes).

 c) As curvas de nível apresentam algarismos que acompanham cada curva e representam as cotas de altitude, ou seja, a mesma altitude no relevo em cada ponto sob aquela curva.

 d) A representação do relevo terrestre se utiliza de curvas de nível e da gradação de cores.

2) (UECE) Rochas, relevo e solos são temas respectivos dos seguintes mapas:


 a) pedológico, geomorfológico e geológico.


 b) litológico, pedológico e geomorfológico.


 c) geomorfológico, topográfico e fitoecológico.


 d) geológico, geomorfológico e pedológico.


3) Sobre os aspectos físicos da Ásia é incorreto afirmar que:


 a) A Grande Muralha da China é considerada a única edificação humana visível do espaço.


 b) Na Cordilheira do Himalaia estão os pontos mais altos do planeta.


 c) O relevo asiático é caracterizado por planícies de baixas altitudes, não havendo, portanto, grandes cadeias montanhosas.


 d) Devido à localização dos países asiáticos na placa tectônica Euro-asiática, há terremotos nessa região, principalmente na parte leste do continente.


 e) Os montes Urais, o mar Cáspio e as montanhas do Cáucaso são uma das divisas naturais do continente asiático e europeu.


4) Sobre a Oceania e seus aspectos gerais, analise as afirmações:


I – É dividida em Melanésia, Micronésia, Polinésia, Austrália e Nova Zelândia.

II – Acredita-se que os primeiros habitantes da Oceania são oriundos da Ásia, chegando através do congelamento ou rebaixamento dos oceanos.

III – É o menor dos continentes em extensão territorial.


Está(ão) correta(s):


 a) I, somente.

 b) III, somente.

 c) II e III, somente.

 d) I e II, somente.

 e) I, II e III.

5) Quais são os principais animais que habitam o litoral da Antártida?


 a) Ursos polares, focas e baleias

 b) Pinguins, focas e leões marinhos

 c) Leões marinhos, ursos polares e baleias

 d) Focas, baleias e pinguins

 e) Baleias, focas e leões marinhos

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Exercício de Aspectos demográficos, políticos, sociais e econômicos, com ênfase nos Tigres Asiáticos, China e Japão

1) (GV) Os países conhecidos como Tigres Asiáticos, que se destacam por uma grande pujança econômica, caracterizam-se, basicamente, por:


 a) exibirem elevados índices de produção de petróleo e aço.

 b) serem altamente industrializados, porém muito dependentes de matérias-primas.

 c) apresentarem economia baseada no setor primário com emprego de numerosa mão

de obra.

 d) apresentarem elevada produção industrial destinada essencialmente ao mercado interno.

2) Pode-se afirmar que no território chinês existem duas Chinas. Sobre as disparidades regionais entre essas duas realidades, podemos afirmar que:


 a) A porção Oriental é extremamente rica e a Ocidental é extremamente pobre, em virtude de fatores exclusivamente naturais.

 b) A China Ocidental é mais rica e industrializada que a Oriental, em virtude da adoção de medidas nessa região que a tornaram independente do restante do país.

 c) Os avanços na China Oriental devem-se à implantação, nessa região, das ZPEs (Zonas de Proteção às Exportações), ao contrário da China Oriental, que vive, por opção do governo chinês, em uma economia basicamente agrária e estagnada.

 d) A China Ocidental é a grande responsável pelo crescimento chinês, porque nela foram adotados os valores culturais e econômicos do capitalismo ocidental.

3) (PUC) A indústria japonesa desenvolveu-se aceleradamente no Pós-Segunda Guerra Mundial. Entre outros motivos, esse fato deveu-se:


 a) aos grandes investimentos de capitais norte-americanos em grupos industrializados japoneses.

 b) à presença, no país, de grandes reservas de carvão, petróleo e minério de ferro.

 c) à existência de grande mercado comprador representado pela China e pela Coreia do Sul.

 d) à localização privilegiada do país em relação aos mercados americanos e europeus.

 e) à existência, no país, de enormes reservas de ouro que permitiram elevadas exportações de capitais.

4) Sobre as questões demográficas do Japão, é correto afirmar:


 a) Em função dos impactos da Segunda Guerra Mundial, o Japão é um dos países do mundo com menor número de idosos.

 b) O desequilíbrio entre o envelhecimento da população e as baixas taxas de fertilidade tem causado sérios problemas na balança de pagamento do sistema previdenciário do país.

 c) Apesar de possuir uma população significativamente alfabetizada, o Japão não figura entre as nações do mundo com elevado IDH.

 d) A queda no crescimento populacional japonês é responsável pela baixa densidade demográfica apresentada nas principais cidades do país nos dias atuais.

5) (UEMT) “A pobreza em recursos naturais, a escassez de terras agrícolas e a forte pressão demográfica caracterizavam esse país como áreas totalmente inviáveis para o crescimento econômico. No entanto, a atitude da sociedade em relação ao desenvolvimento, a frugalidade da população, o talento humano e a abertura da economia para o comércio exterior superaram os entraves das condições iniciais.” O texto melhor se aplica:


 a) ao Japão.

 b) à Índia.

 c) a Israel.

 d) ao Reino Unido.

 e) ao Egito.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Sistema Hormonal

 Hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas endócrinas e lançadas na corrente sanguínea que as transporta aos locais de ação. O sistema hormonal (ou endócrino) é o conjunto de glândulas que produzem e secretam hormônios.


Os hormônios agem especificamente sobre a atividade de determinadas células, órgãos ou sistemas e desempenham a função de controlar processos do organismo como o crescimento, o metabolismo, a reprodução, circulação sanguínea, respiração e manutenção térmica do corpo. Atuam em pequenas concentrações, oferecem resposta a estímulos e podem ter ação inibidora ou excitadora. Geralmente apresentam vida média curta. Quanto à natureza química, são classificados em três grupos:


Proteínas: hormônios produzidos pela hipófise (hormônios de crescimento, TSH, FSH, prolactina, LH), paratireoides (PTH) e pâncreas (insulina e glucagon).

Derivados fenólicos: hormônios produzidos pela medula, pela suprarrenal (adrenalina, cortisol) e pela tireoide (T3, T4).

Esteroides: hormônios do córtex, da suprarrenal e das gônadas.

As funções desempenhadas pelos hormônios podem ser agrupadas em:


Metabólicas: controlam a velocidade das reações químicas celulares.

Morfogenéticas: regulam o crescimento e o desenvolvimento de certos órgãos e de indivíduos como um todo.

Sexuais e reprodutivas: controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais no âmbito morfológico, fisiológico e psicológico.

Nervosas e mentais: influem sobre a formação do caráter e da personalidade.

Quanto à solubilidade, os hormônios podem, ainda, serem classificados em hidrofílicos e lipofílicos. Os lipofílicos são solúveis em gordura e se encontram em mais de 100 tipos no organismo humano, são moléculas pequenas e não são armazenados pelas glândulas, mas sim liberados imediatamente após a síntese. Os hidrofílicos são solúveis em água, dissolvidos no plasma e por ele deslocados até as células-alvo.


A regulação endócrina se faz por meio de um mecanismo denominado retroalimentação ou feedback, pelo qual o nível de um hormônio no sangue determina a estimulação ou a inibição da atividade de determinada glândula. O feedback pode ser designado como positivo quando a concentração final de um dado hormônio estimula sua própria produção; nos casos inversos, é classificado como feedback negativo. A adenoipófise, por exemplo, estimula o desenvolvimento e funcionamento da tireoide, das glândulas sexuais, córtex da suprarrenal e, por sua vez, é regulada por estas glândulas.


Info Escola

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Exercícios sobre Relevo

 01. Sobre o domínio amazônico, assinale a alternativa falsa:


a) Compõe-se em sua maior parte por baixos planaltos e planícies.

b) A hidrografia é riquíssima, com furos, igarapés, paranás-mirins e lagos da várzea.

c) Devido a riqueza mineral orgânica das águas dos rios é grande a piscosidade.

d) Devido à exportação de peixes a matança tem-se descontrolado, colocando em risco várias espécies.

e) O solo amazônico tem-se mostrado fertilíssimo, prestando-se a grande monocultura exportadora.


02. (FUVEST) Da ação de solapamento realizado pelas ondas do mar na costa brasileira resulta uma forma de relevo escarpado, que se apresenta, geralmente, mais vertical nas formações sedimentares que nas cristalinas. São:


a) os tômbolos.

b) os pães-de-açúcar.

c) as falésias.

d) os canyons.

e) os fiords.


03. Geomorfologicamente a Serra do Mar é classificada como:


a) uma escarpa de planalto.

b) um altiplano.

c) uma sucessão de montanhas.

d) uma bacia de sedimentação.

e) um dobramento terciário.


04. (FEI) No Sudeste Ocidental do Brasil, a decomposição de rocha vulcânica do tipo basáltico originou um solo típico de regiões onde se cultiva café, conhecido como:


a) látex;

b) arenoso;

c) pantanal;

d) terra roxa;

e) calcário.


05. (UNIFENAS) Podemos considerar agentes internos e externos do Globo Terrestre respectivamente:


a) Tectonismo e intemperismo.

b) Vento e vulcanismo.

c) Águas correntes e intemperismo.

d) Vento e águas correntes.

e) N.d.a.


06. (UNIVEST) Os escudos ou maciços antigos brasileiros formaram-se na era:


a) cenozoica

b) terciária

c) pré-cambriana

d) mesozoica

e) quaternária


07. (UEMA) Entres os três tipos principais de estruturas geológicas é correto afirmar que NÃO existe no território:


a) bacias sedimentares;

b) escudos cristalinos;

c) dobramentos modernos;

d) terrenos pré-cambrianos;

e) jazidas petrolíferas.


08. (VUNESP) Assinale a alternativa que apresenta o que têm em comum as seguintes cadeias montanhosas: Andes, Himalaia, Alpes e Rochosas.


a) Geologicamente recentes e resultantes de desdobramentos.

b) Geologicamente antigas e resultantes de desdobramentos.

c) Localizam-se nas porções orientais dos continentes por onde ocorrem.

d) Geologicamente constituídas por terrenos cristalinos antigos.

e) Os grandes desníveis foram provocados por falhamentos em terrenos cristalinos.


09. (ESAN) Área localizada entre as serras do Mar e Mantiqueira. Ocupada por extensos cafezais no século passado, atualmente se caracteriza por atividades pecuárias e grande desenvolvimento urbano industrial. O texto se refere ao Vale do Rio


a) Ribeira.

b) Paranapanema.

c) Paraíba do Sul.

d) Piracicaba.

e) Jundiaí.


10. (ANÁPOLIS) Os terrenos cristalinos de origem proterozoica do Brasil caracterizam-se:


a) por formarem extensas planícies aluvionais.

b) pela grande riqueza em minerais metálicos.

c) pelas altitudes superiores a 3000m.

d) pela ocorrência de combustíveis fósseis.

e) pelo solo tipo terra roxa.

.

.

.

.

.

 .

Respostas:


01. E 02. C 03. A 04. D

05. A 06. C 07. C 08. A

09. C 10. B

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Exercícios Sistema Nervoso

 Podemos organizar o sistema nervoso humano dividindo-o em duas partes: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Com base no seu conhecimento sobre o tema, marque a alternativa que indica corretamente as partes do SNC.


a) nervos e encéfalo.


b) encéfalo e gânglios.


c) gânglios e nervos.


d) medula espinhal e nervos.


e) medula espinhal e encéfalo.


A respeito do sistema nervoso, marque a alternativa INCORRETA:


a) O tecido que forma o sistema nervoso é o tecido nervoso, que possui como célula principal o neurônio.


b) Os neurônios são responsáveis pelo recebimento e transmissão do impulso nervoso e possuem como partes principais os dendritos, o corpo celular e o axônio.


c) Os neurônios permanecem conectados entre si, formando uma espécie de fio contínuo por onde os impulsos nervosos propagam-se.


d) O sistema nervoso e o sistema endócrino possuem uma íntima relação, sendo o sistema nervoso responsável, por exemplo, por estimular algumas glândulas a produzirem hormônios.


A respeito dos neurotransmissores, marque a alternativa correta:


a) Os neurotransmissores são substâncias químicas que atuam na transmissão do impulso nervoso.


b) Os neurotransmissores estão relacionados com a transmissão do impulso nervoso, sendo encontrados por toda a extensão do axônio, permanecendo no interior da célula.


c) Os neurotransmissores irão se ligar na membrana da célula vizinha, chamada de membrana pré-sináptica.


d) Os neurotransmissores são encontrados livremente no meio extracelular, estando disponíveis para a utilização pelos neurônios a qualquer momento.


(Cesgranrio-RJ) Os anestésicos, largamente usados pela Medicina, tornam regiões ou todo o organismo insensível à dor porque atuam:


a) nos axônios, aumentando a polarização das células.


b) nas sinapses, impedindo a transmissão do impulso nervoso.


c) nos dendritos, invertendo o sentido do impulso nervoso.


d) no corpo celular dos neurônios, bloqueando o metabolismo.


e) na membrana das células, aumentando a bomba de sódio.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Parlendas

 As Parlendas são rimas infantis que divertem as crianças, ao mesmo tempo que trabalham com a memorização e a fixação de alguns conceitos.


Segundo estudiosos, as parlendas servem como sistemas educativos que fazem parte da literatura popular oral e do folclore brasileiro.


Características das Parlendas

As parlendas são transmitidas oralmente de geração em geração e, portanto, não possuem um autor específico. Por conta disso, também podem existir diversas versões para uma parlenda.


De acordo com a composição, normalmente seus versos são de cinco ou seis sílabas ritmadas para serem declamadas.


A temática desses versos é muito variada. Elas são utilizadas em situações e contextos diferentes, ou seja, há aquelas que os pais declamam para as crianças a fim de entretê-las ou acalmá-las.


Além disso, há as parlendas que têm o intuito de ensinar ou educar as crianças, e, nesse caso, podem conter números e ideias.

Curiosidade sobre as parlendas

De origem latina, a palavra "parlenda" vem do verbo Parlare, que significa falar, conversar. Em Portugal, as parlendas são conhecidas como "cantilenas ou lengalengas".

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Democracia Ateniense

 A Democracia Ateniense foi um regime político criado e adotado em Atenas, no período da Grécia Antiga.


Ela foi essencial para a organização política das cidades-estados grega, sendo o primeiro governo democrático da história.


O termo “Democracia” é formado pelo radical grego “demo” (povo) e de “kratia” (poder), que significa “poder do povo”.


Resumo

Anterior a implementação da Democracia em Atenas, a cidade-estado era controlada por uma elite aristocrática oligárquica denominada de “eupátridas” ou “bem nascidos”, os quais detinham o poder político e econômico na polis grega.


Entretanto, com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, pequenos proprietários de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam participar da vida política, a aristocracia resolve rever a organização política das cidades-estados, o que mais tarde resultou na implementação da “Democracia”.


De tal maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória do político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", ele liderou uma revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e 510 a.C..


Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas “demos”, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar “demokratia”. Atenas possuía uma democracia direta, onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis.


De tal modo, Clístenes, baseada nas legislações anteriormente apresentadas por Dracon e Solon, iniciou reformas de ordem política e social que resultariam na consolidação da democracia em Atenas.


Como forma de garantir o processo democrático na cidade, Clístenes adotou o “ostracismo”, onde os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio de 10 anos. Isso impediu a proliferação de tiranos no governo grego.


Sendo assim, o poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso, os demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar das Assembleias (Eclésia ou Assembleia do Povo), embora as mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos estavam excluídos.


Diante disso, podemos intuir que a democracia ateniense não era para todos os cidadãos sendo, portanto, limitada, excludente e elitista. Estima-se que somente 10% da população desfrutavam dos direitos democráticos.


Além de Clístenes, Péricles deu continuidade à política democrática. Ele foi um importante democrata ateniense que permitiu ampliar o leque de possibilidades para os cidadãos menos favorecidos.


Por volta de 404 a.C., a democracia ateniense sofreu grande declínio, quando Atenas foi derrotada por Esparta na Guerra do Peloponeso, evento que durou cerca de 30 anos.


Características da Democracia Ateniense

Democracia direta

Reformas políticas e sociais

Reformulação da antiga Constituição

Igualdade perante a lei (isonomia)

Igualdade de acesso aos cargos públicos (isocracia)

Igualdade para falar nas Assembleias (isegoria)

Direito de voto aos cidadãos atenienses


Diferenças entre a Democracia Grega e Democracia Atual

A democracia ateniense foi um modelo político que fora copiado por várias sociedades antigas, e que influencia até hoje o conceito de democracia no mundo.


No entanto, a democracia atual é um modelo mais avançado e moderno da democracia ateniense, em que todos os cidadãos (maiores de 16 ou 18 anos), inclusive mulheres, podem votar e aceder a cargos públicos, sem que seja excludente e limitada.


Além disso, na democracia ateniense, os cidadãos tinham uma participação direta na aprovação das leis e nos órgãos políticos da polis, enquanto na democracia atual (democracia representativa) os cidadãos elegem um representante.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Renascimento

 O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político, surgido na Itália no século XIV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa.


Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações econômicas, o Renascimento reformulou a vida medieval, e deu início à Idade Moderna.


Origem do Renascimento

O termo Renascimento foi criado no séc. XVI para descrever o movimento artístico que surgiu um século antes. Posteriormente acabou designando as mudanças econômicas e políticas do período também e é muito contestado hoje em dia.


Afinal, as cidades nunca desapareceram totalmente e os povos não deixaram de comercializar entre si, nem de usar moeda. Houve, sim, uma diminuição dessas atividades durante a Idade Média.


Observamos, porém, que na Península Itálica várias cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma, dentre outras, se beneficiaram do comércio com o Oriente.


Estas regiões se enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mar Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil. A fim de se afirmarem socialmente, estes comerciantes patrocinavam artistas e escritores, que inauguraram uma nova forma de fazer arte.


A Igreja e nobreza também foram mecenas de artistas como Michelangelo, Domenico Ghirlandaio, Pietro della Francesa, entre muitos outros.


Cultura renascentista

Destacamos cinco características marcantes da cultura renascentista:


Racionalismo - a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência.

Cientificismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica.

Individualismo – o ser humano buscava afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo.

Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como centro do universo.

Classicismo – os artistas buscam sua inspiração na Antiguidade Clássica greco-romana para fazer suas obras.

O Humanismo renascentista

O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na nas cidades da Península Itálica em meados do século XIV.


O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. Por isso, os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.


A religião não perdeu importância, mas foi questionada e daí surgiram novas correntes cristãs como o protestantismo.


O estudo dos textos antigos, igualmente, despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas clássicas como o latim e o grego.


Desta forma, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, como os filósofos iluministas do século XVII.


Renascimento literário

O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:


Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia".

Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá conselhos aos governadores da época.

Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras.

Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval.

Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande poema épico "Os Lusíadas".


terça-feira, 26 de outubro de 2021

Cecília Meireles - Literatura

 Cecília Benevides de Carvalho Meireles


Foi criada pela sua avó católica e portuguesa da ilha dos Açores. Isso porque seu pai havia morrido três meses antes de seu nascimento e sua mãe quando tinha apenas 3 anos.


Desde pequena recebeu uma educação religiosa e demonstrou grande interesse pela literatura, escrevendo poesias a partir dos 9 anos de idade.


Cursou a Escola Estácio de Sá, concluindo com “distinção e louvor” o curso primário em 1910. Tornou-se professora diplomando-se no “Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro”.


Em 1919, com apenas 18 anos, publicou sua primeira obra de caráter simbolista, “Espectros”. Com 21 anos, casa-se com o pintos português Fernando Correa Dias que sofria de depressão e suicidou-se em 1935.


Casa-se novamente com o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, cinco anos depois da morte de seu primeiro marido e com quem teve três filhas.


Sua atuação na área da educação não ficou restrita às salas de aula. Isso porque de 1930 a 1931, Cecília trabalhou como jornalista no "Diário de Notícias" contribuindo com textos sobre problemas da educação.


Cecília ficou reconhecida mundialmente, uma vez que suas obras foram traduzidas para muitas línguas.


Cecília falece ao entardecer na sua cidade natal, dia 9 de novembro de 1964, com 63 anos, vítima de câncer.


Curiosidades

Em 1934, Cecília Meireles funda a primeira Biblioteca Infantil do Brasil, no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro.

No Chile, foi inaugurada a “Biblioteca Cecília Meireles” em 1964 na província de Valparaíso.

Em 1953, Cecília Meireles foi agraciada com o título de “Doutora Honoris Causa” pela Universidade de Déli, na Índia.

Principais Obras

Com uma obra intimista e densamente feminina, Cecília Meireles foi uma escritora muito prolífica, escreveu muitas poesias, incluso, poesias infantis:


Algumas Obras

Espectros (1919)

Criança, meu amor (1923)

Nunca mais... e Poemas dos Poemas (1923)

Criança meu amor... (1924)

Baladas para El-Rei (1925)

O Espírito Vitorioso (1929)

Saudação à menina de Portugal (1930)

Batuque, Samba e Macumba (1935)

A Festa das Letras (1937)

Viagem (1939)

Vaga Música (1942)

Mar Absoluto (1945)

Rute e Alberto (1945)

O jardim (1947)

Retrato Natural (1949)

Problemas de Literatura Infantil (1950)

Amor em Leonoreta (1952)

Romanceiro da Inconfidência (1953)

Batuque (1953)

Pequeno Oratório de Santa Clara (1955)

Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro (1955)

Panorama Folclórico de Açores (1955)

Canções (1956)

Romance de Santa Cecília (1957)

A Bíblia na Literatura Brasileira (1957)

A Rosa (1957)

Obra Poética (1958)

Metal Rosicler (1960)

Poemas Escritos na Índia (1961)

Poemas de Israel (1963)

Solombra (1963)

Ou Isto ou Aquilo (1964)

Escolha o Seu Sonho (1964)

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Simbolismo

 O simbolismo no Brasil


Características do Simbolismo:

Não-racionalidade

Subjetivismo, individualismo e imaginação

Espiritualidade e transcendentalidade

Subconsciente e inconsciente

Musicalidade e misticismo

Figuras de linguagem: sinestesia, aliteração, assonância


Autores Brasileiros Simbolistas:

Cruz e Sousa (1861-1898)

Considerado o precursor do simbolismo no Brasil, João da Cruz e Sousa foi um poeta brasileiro nascido em Florianópolis.


Sua obra é marcada pela musicalidade e espiritualidade com temáticas individualistas, satânicas, sensuais. Suas principais obras: Missal (1893), Broquéis (1893), Tropos e fantasias (1885), Faróis (1900) e Últimos Sonetos (1905).


Alphonsus de Guimarães (1870-1921)

Um dos principais poetas simbolistas do Brasil, Afonso Henrique da Costa Guimarães, possui uma obra marcada pela sensibilidade, espiritualidade, misticismo, religiosidade. Sua temática é a morte, a solidão, o sofrimento e o amor.


Sua produção literária apresenta características neo-romântico, árcades e simbolistas. Suas.principais obras: Setenário das dores de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Kyriale (1902), Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923).


Augusto dos Anjos (1884-1914)

Augusto dos Anjos foi um dos grandes poetas brasileiros simbolistas, embora, muitas vezes, sua obra apresente características pré-modernas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Desinências - resumo

 Desinências Nominais

As desinências nominais indicam gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) dos substantivos, dos adjetivos e de alguns pronomes.


Gênero Número

Masculino Feminino Singular Plural

-o -a - -s

Exemplos:


O aluno atencioso prestou atenção na aula.

Os alunos atenciosos prestaram atenção nas aulas.

A aluna atenciosa prestou atenção na aula.

As alunas atenciosas prestaram atenção nas aulas.

O plural geralmente é indicado pela desinência -s. Algumas palavras terminadas com s, todavia, formam plural com o acréscimo de -es.


Exemplos: meses, países, portugueses.


Assim, muitas vezes, a ausência do -s indica o singular; é o que chamamos de desinência zero.


Desinências Verbais

As desinências verbais indicam flexões do verbo: número e pessoa, modo e tempo. Desta forma se dividem em:


Desinências modo-temporais (DMT)

Quando indicam os modos (indicativo, subjuntivo e imperativo) e os tempos (presente, passado e futuro).


Desinências número-pessoais (DNP)

Quando indicam o número (singular e plural) e as pessoas (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas).


Exemplos:


Viajo todas as férias. (1.ª pessoa do singular do presente do indicativo)

Se viajassem. (3.ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo)

Viajemos para Miami! (1.ª pessoa do plural do imperativo)

Confira o quadro das desinências dos tempos verbais que dão origem a outros tempos e modos verbais.


Presente Pretérito Perfeito

Infinitivo Pessoal


Futuro do Subjuntivo


Pessoa Singular Plural Singular Plural Singular Plural

1.ª -o -mos -i -mos - -mos

2.ª -s -is (-des) -ste -stes -es -des

3.ª - -m -u -ram - -em

Saiba mais sobre esse tema em Formação dos Tempos Simples.


Não confunda!

Desinência e vogal temática são diferentes. Enquanto a desinência indica o gênero, a vogal temática indica a que conjugação o verbo pertence, ao mesmo tempo que o prepara para receber as desinências que tornam possível a sua conjugação.


Exemplos:


estuda (a - 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo)

estudava (a - vogal temática, va - 1.ª ou 3.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo)

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Energia Nuclear

 Energia nuclear ou atômica é a energia produzida nas usinas termonucleares, que utilizam o urânio e outros elementos, como combustível.


O princípio de funcionamento de uma usina nuclear é a utilização do calor (termo) para gerar eletricidade. O calor é proveniente da energia liberada pela fissão dos átomos de urânio.


O urânio é um recurso mineral não renovável encontrado na natureza, que também é utilizado na produção de material radioativo para uso na medicina.


Além do uso para fins pacíficos, o urânio pode também ser utilizado na produção de armamentos, como a bomba atômica.Por ser uma fonte de energia altamente concentrada e de elevado rendimento, diversos países utilizam a energia nuclear como opção energética. As usinas nucleares já respondem por 16% da energia elétrica produzida no mundo.


Mais de 90% das usinas nucleares estão concentradas nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e na Rússia. O governo russo inaugurou em abril de 2018 a primeira usina nuclear flutuante do mundo, localizada no Mar Ártico.


Em alguns países como Suécia, Finlândia e Bélgica a energia nuclear já representa mais de 40% do total de eletricidade produzida. A Coreia do Sul, China, Índia, Argentina e México também possuem usinas nucleares.


O Brasil possui usinas nucleares no litoral do estado do Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, (Angra 1 e Angra 2). A construção da usina nuclear Angra 3, que estava paralisada desde 1986, teve sua licença ambiental aprovada em julho de 2008.


Vantagens do Uso da Energia Nuclear

Apesar dos perigos, há vários pontos positivos na geração de energia nuclear.


Um dos primeiros pontos a destacar é que a usina não é poluente durante seu funcionamento normal e se cumpre as normas de segurança.


Igualmente, não é necessário uma grande área para sua construção. Em comparação, basta lembrar quanto espaço necessita uma hidrelétrica para fazer uma barragem e o tamanho do terreno inundado.


Também o urânio é um material relativamente abundante na natureza que garantiria o abastecimento das usinas por muito tempo. As principais reservas estão nos países Índia, Austrália e Cazaquistão.


Desvantagens do Uso da Energia Nuclear

Sua utilização para fins não pacíficos, como a produção de bomba atômica, os resíduos gerados pela produção desta energia representam um perigo por causa dos resíduos tóxicos.


Também existe o risco de acidentes nucleares e o problema do descarte do lixo nuclear (resíduos compostos de elementos radioativos, gerados nos processos de produção de energia). Além disso, a contaminação do meio ambiente que provocam danos irreversíveis à saúde, como o câncer, a leucemia, deformidades genéticas, etc.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Polifonia Textual

 Na linguística, a polifonia textual é uma característica dos textos em que estão presentes diversas vozes.


O termo polifonia é formado pelos vocábulos “poli” (muitos) e “fonia” (relativo ao som, voz).


Em outras palavras, a polifonia aponta a presença de obras ou referências que aparecem dentro de outra.


Esse termo é aplicado em outras áreas, sobretudo a musical. Nesse caso, a polifonia musical é quando há presença de duas ou mais vozes na melodia ou ainda, um instrumento capaz de produzir mais sons de maneira simultânea.


A Polifonia e o Dialogismo em Bakhtin

Nos estudos linguísticos, o termo polifonia foi criado pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975). Esse conceito representa a pluralidade ou multiplicidade de vozes presentes nos textos, que, por sua vez, estão fundamentados em outros.


Nesse sentido, a polifonia está intimamente relacionada com a intertextualidade. Nas palavras do linguista:


“Em toda parte é o cruzamento, a consonância ou a dissonância de réplicas do diálogo aberto com as réplicas do diálogo interior dos heróis. Em toda parte um determinado conjunto de ideias, pensamentos e palavras passa por várias vozes imiscíveis, soando em cada uma de modo diferente.”


O linguista analisou diversos romances, sobretudo do escritor russo Fiódor Dostoiévski (Crime e Castigo, O Idiota, etc.), e apresentou as diferenças entre a monofonia e a polifonia textual.


Na monofonia, o texto é produzido por somente uma voz, enquanto na polifonia diversas vozes se entrecruzam.


Nesse caso, os personagens do romance polifônico possuem seu próprio ponto de vista, voz e comportamentos, mediados pelo contexto em que estão inseridos.


No entanto, quando o texto é monofônico, uma voz é predominante absorvendo os discursos de outros. Já nos romances polifônicos, os personagens atuam livremente tendo todos certa autonomia.


Observe que no último caso (polifonia), as vozes presentes no discurso não se anulam e sim, se complementam. Dessa maneira, elas formam uma grande teia de pensamentos, opiniões e posturas.


Segundo Bakhtin, o dialogismo representa o princípio da linguagem, ou seja, a comunicação verbal que pode surgir nos textos monofônicos e polifônicos.


Tipos de Polifonia

Segundo a área de atuação, o conceito de polifonia é dividido em:

Polifonia Textual

Polifonia Discursiva

Polifonia Literária

Polifonia Discursiva

Polifonia Musical

Polifonia e Intertextualidade

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Revolução Federalista

 A Revolução Federalista (1893-1895), ocorrida durante o governo de Floriano Peixoto, no período denominado “República da Espada”, foi uma guerra civil gaúcha disputada entre os federalistas (maragatos) e os republicanos (pica-paus). Representa uma das mais violentas e sangrentas revoltas travadas no sul do Brasil.


A revolução durou dois anos e meio, de fevereiro de 1893 a agosto de 1895.


O estopim foi a tentativa de tomar a cidade de Bagé (RS) pelos Maragatos, devido sua posição estratégica. Dali, o movimento se espalhou por Santa Catarina e Paraná.


A revolução terminou em agosto de 1895, no governo de Prudente de Moraes, que recebeu a alcunha de “Pacificador”.


Prudente de Moraes assinou um tratado de paz com os maragatos, em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas (RS). Ali foi estabelecida a derrota dos maragatos pelos pica-paus bem como a anistia aos envolvidos.


Federalistas e Republicanos

Os Federalistas foram chamados de “Maragatos” pelos republicanos. "Maragato" é um termo usado no Uruguai para indicar os espanhóis oriundos da localidade de Maragataria, na província de Léon, Espanha.


Os maragatos faziam parte do Partido Federalista do Rio Grande do Sul, fundado em 1892. Eles estavam insatisfeitos com a ascensão de Floriano Peixoto à presidência, após a renúncia de Deodoro. Da mesma forma eram contrários ao sistema de governo presidencialista centralizado.


Portanto, queriam a deposição do republicano Júlio de Castilho (eleito Presidente do Estado), e ansiavam por um governo federalista, sobretudo, com a descentralização do poder. Foram liderados por Gaspar da Silveira Martins (1835-1901) e Gumercindo Saraiva (1852-1894).


Por sua vez, os Republicanos ou “Pica-Paus”, foram apelidados assim devido à vestimenta composta de roupa azul e quepe vermelho, que lembravam os pássaros. Também eram chamados de "Legalistas", "Chimangos" (nome de uma ave do Rio Grande do Sul) ou "Castilhistas" (referente ao líder do movimento: Castilhos) e estavam ao lado do presidente Floriano Peixoto.


Os pica-paus acreditavam na consolidação do sistema republicano instalado em 1889, na centralização do poder e na modernização do país. Estavam reunidos no Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) e seu principal líder foi o jornalista e político positivista, na época Presidente do Estado, Júlio de Castilhos (1860-1903).


Cerco da Lapa

Um dos episódios mais sangrentos e trágicos da Revolução Federalista ficou conhecido como o “Cerco da Lapa” no Estado do Paraná.


Durante 26 dias, de 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 1894, maragatos (liderados por Silveira Martins) e pica-paus (liderados pelo coronel Gomes Carneiro) se enfrentaram.


A batalha começou com a invasão dos maragatos no estado do Paraná onde tomaram brevemente a capital, Curitiba. Com a chegada do reforço das tropas republicanas, oriundas de São Paulo, os maragatos foram massacrados.


Revolta da Armada e Revolução Federalista

Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, estava acontecendo outro conflito, a "Revolta da Armada". Esta se tratava de uma disputa entre entre a Marinha, que se levantou contra o governo de Floriano Peixoto, e o Exército, que ficou ao lado deste presidente.


Alguns combatentes da Revolta da Armada tentaram se aliar com os federalistas no sul do país, os quais haviam conquistado a cidade de Desterro (atual Florianópolis), em Santa Catarina.


No entanto, Floriano Peixoto, deu fim às duas revoltas em 1894, o que lhe conferiu a denominação de “Marechal de Ferro”, devido a repressão violenta.


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Unificação Italiana

 A unificação da Itália foi um processo de união entre os vários reinos que compunham a Península Itálica, após a expulsão dos austríacos. Ocorreu na segunda metade do século XIX e terminou em 1871.


Com isto, os reinos passaram a formar um só país, o Reino da Itália, sob o reinado de Victor Manuel II.


O processo tardio resultou no atraso do desenvolvimento industrial italiano e na corrida para ocupação de territórios na África.


Antecedentes da Unificação Italiana

A Península Italiana era formada por diferentes reinos, ducados, repúblicas e principados muito distintos entre si. Ao norte, parte do território estava ocupado pelos austríacos.


Cada um tinha sua própria moeda, sistema de pesos e medidas, e adunas. Até mesmo o idioma era diferente em cada uma destas regiões.


A Itália era predominantemente agrária e somente o reino de Piemonte-Sardenha começava a ter indústrias, e assim, uma burguesia influente.


Com o liberalismo trazido pela Revolução Francesa, os movimentos nacionalistas italianos lutavam pela unificação política do país. Contudo, com as derrotas sofridas na Revolução de 1848, o sonho de formar um só país parecia enterrado.


A partir de 1850, no entanto, a luta se reacende com o ressurgimento (Risorgimento) dos movimentos pela unidade nacional.


O coordenador do movimento pela unidade nacional era Camilo Benso, o conde de Cavour (1810-1861), que estava à frente do Risorgimento.


Cavour era o primeiro ministro do reino de Piemonte-Sardenha, única região que adotava a monarquia constitucional como regime de governo.


Deste reino, partiu a liderança política que faria a unificação dos demais reinos da Península Itálica, lideraria a expulsão dos austríaco e, posteriormente, combateria os franceses.


Guerras e Unificação Italiana

Em 1858, o reino do Piemonte-Sardenha assina com a França um acordo contra o Império Austríaco. Neste momento, destaca-se a liderança de Cavour.


Um ano mais tarde, começa a Primeira Guerra da Independência contra a Áustria. Com o apoio militar da França, a guerra contra a Áustria terminou com as batalhas de Magenta e Solferino.


A França retirou-se da guerra depois que a Prússia ameaçou impor uma intervenção militar e o reino do Piemonte-Sardenha foi obrigado a assinar o Tratado de Zurique em 1859.


Neste, ficou estipulado que a Áustria permanecia com Veneza, mas cedia a Lombardia ao Reino do Piemonte-Sardenha. O tratado previa, ainda, que os franceses ficariam com os territórios de Nice e Saboia.


Uma guerra paralela, movida por Giuseppe Garibaldi (1807-1882), esposo de Anita Garibaldi, resultou na conquista dos ducados de Toscana, Parma e Módena, além da Romagna. Os territórios foram incorporados pelo reino do Piemonte-Sardenha após a realização de um plebiscito em 1860. Surgia, assim, o Reino da Alta Itália.


Também em 1860, Nápoles foi conquistada após o ataque de Garibaldi ao Reino das Duas Sicílias.


Os Estados Pontifícios foram estabelecidos na mesma época e o movimento resultou na ligação entre parte Sul e Norte da Itália. Em 1861 foi criado o Reino da Itália.


Faltava, contudo, anexar Veneza, ainda ocupada pelos austríacos, e Roma, onde o Imperador Napoleão III (1808-1873) mantinha tropas para a proteção do Papa Pio IX. Se antes a França foi aliada da unificação, agora era contrária ao movimento por temer o surgimento de uma nova potência em suas fronteiras.


Um movimento paralelo, traçado pela Prússia, tentava promover a Unificação Alemã, a qual a França também era contrária e, para tanto, contava com o apoio da Áustria. As disputas culminaram em 1866 na assinatura do pacto ítalo-prussiano e, em 1877, começava a guerra Austro-prussiana.


Aliado da Prússia, a Itália recebeu Veneza, mas foi obrigada a ceder Tirol, Trentino e Ístria para o Império Austríaco.


Somente em 1870, quando explodiu a Guerra Franco-Prussiana, o exército italiano pôde entrar em Roma devido à derrota dos franceses naquela guerra.


Ao fim do processo, a Itália unificada adotou o regime de monarquia parlamentarista.


O Vaticano e a Itália

Quando Roma foi anexada em 1870, o Papa Pio IX (1792-1878) declarou-se prisioneiro na cidade do Vaticano e recusou o reconhecimento da unificação.


Em 1874, o pontífice proibiu aos católicos de participarem da eleição que votaria o novo parlamento. Este desencontro entre o governo italiano e Vaticano foi denominado "Questão Romana".


O problema perdurou até 1920 e foi solucionado com a assinatura do Tratado de Latrão durante o governo de Benito Mussolini.


Pelo tratado, o governo indenizaria a Igreja Católica pela perda de Roma, lhe concedia a soberania sobre a Praça de São Pedro e reconhecia o Estado do Vaticano como uma nova nação cujo Chefe de Estado era o Papa.


Por sua parte, o pontífice reconhecia a Itália e seu governo como um Estado Independente.


Consequências da Unificação Italiana

A unificação da Itália fez surgir um Estado unido territorialmente sob a monarquia constitucional. Desta maneira, o país iniciou sua expansão territorial para a África.


Esta atitude desequilibrava os interesses das potências já constituídas como Alemanha e França e levaria à Primeira Guerra Mundial.


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Golpe do 18 de Brumário

 O que foi o golpe do 18 Brumário?

Foi uma manobra política para garantir a ascensão dos girondinos, a alta burguesia francesa, ao poder.


Também serviu para conter os jacobinos, preservar as conquistas da Revolução Francesa e frear a guerra com os países contrários aos ideais revolucionários.


Por meio do golpe, o sistema denominado Diretório foi derrubado e substituído pelo Consulado. Este fato marcou o início da ditadura do general Napoleão Bonaparte (1769-1821).


A data recebe este nome porque ocorreu no segundo mês do Calendário Revolucionário Francês, brumário, que era dedicado à bruma.


Antecedentes do Golpe de 18 Brumário

Com as conquistas militares obtidas pelos franceses, o Exército se fortalecia cada vez mais. Diante dos desentendimentos no Diretório entre as várias facções políticas, parecia que os militares seriam os únicos capazes de garantir a governabilidade na França.


Igualmente, os burgueses viam suas conquistas sociais e econômicas ameaçadas, pois alguns grupos desejavam a volta do absolutismo. Da mesma forma existia um perigo real da França ser invadida novamente pelas tropas da Segunda Coligação (Inglaterra, Áustria, Império Russo, entre outros).


Tudo isso faz com que os franceses apoiem o Golpe de 18 Brumário e a ditadura de Napoleão Bonaparte.


Bonaparte e o Golpe de 18 de Brumário

Napoleão Bonaparte foi um dos mais destacados militares da época revolucionária, vencendo vários países que fizeram guerra contra a França. Interessava-se cada vez mais por política e via com maus olhos a época do Terror implantada por Robespierre.


Desta maneira, planeja com o abade Sieyès um golpe para preservar as conquistas da Revolução Francesa.


Assim, Napoleão depôs o Diretório usando uma coluna de granadeiros e implantou o regime do Consulado. Neste sistema estava previsto que três cônsules dividiriam o poder: Bonaparte, Sieyès e Pierre-Roger Ducos.


Nova constituição

O trio coordenou a elaboração de uma nova Constituição que estabelecia Napoleão como Primeiro-Cônsul pelo período de dez anos.


A Carta Magma ainda lhe concedia poderes de ditador, pois Bonaparte era o responsável por nomear para os principais cargos públicos e também de legislar. Nesta nova Constituição não é feita nenhuma referência à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.


Este documento estaria em vigor até 1804 quando o próprio Napoleão cria o Império e se coroa soberano.


Consequências do 18 de Brumário

Com o Golpe do 18 de Brumário, Napoleão Bonaparte instaura uma ditadura na França com os poderes concentrados na sua pessoa.


Por sua vez, Bonaparte tenta conciliar as várias facções políticas. Restabelece a liberdade de culto, anistia os emigrados (nobres) que fugiram durante a Revolução, promulga o Código Civil, cria o Banco da França, etc.


No entanto, torna o Senado apenas um órgão consultivo e acaba com a eleição de juízes que como havia sido determinado pelos revolucionários.


O Consulado termina com a criação do Império Napoleônico, onde uma nova dinastia, a Bonaparte, passa a governar a França.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Imperadores Romanos

 O Império Romano durou de 27 a.C. a 476 e foi o período em que Roma dominou grande parte da Europa, o norte da África e também regiões do Oriente Médio.


A época dos imperadores começa após a Crise da República que termina com o assassinato de Júlio César.


Sucedem-se imperadores de várias famílias patrícias que enfrentam rebeliões internas, invasão dos povos nórdicos, e o surgimento do cristianismo.


Abaixo uma lista com os principais imperadores que governaram Roma neste período:


Otaviano Augusto

Caio Júlio César Otaviano Augusto foi imperador de 27 a.C a 14 d.C.


Otaviano Augusto (ou Otávio Augusto) foi o primeiro imperador romano e pertenceu à dinastia Júlio-Claudiana. Nasceu na cidade de Roma em 23 de setembro do ano de 63 a.C e era sobrinho-neto de Júlio César que lhe ensinou os caminhos da política romana.


Organizou expedições militares na Récia, Panônia, Hispânia, Germânia, Arábia e África. Também pacificou as regiões dos Alpes e Hispânia e anexou as regiões da Gália e Judeia.


Na economia estimulou a agricultura e saneou as finanças de Roma e da península itálica. Também dividiu a capital imperial em 14 províncias para facilitar a cobrança de impostos e do censo militar. Igualmente, cobriu as construções romanas de mármore a fim de aumentar o esplendor do capital.


Otaviano foi o primeiro Imperador a ser proclamado "Augusto", pelo Senado Romano, ou seja, um deus. O culto ao imperador se iniciava em vida e era continuado pela família do falecido após a morte. Otaviano se identificou tanto com este título que muitos pensam se tratar de um segundo nome. Também o mês de agosto tem este nome em sua homenagem.


Otaviano Augusto morreu em 19 de agosto de 14 d.C, na comuna italiana de Nola.


Cláudio

Tibério Cláudio César Augusto Germânico foi imperador de 41 a 54 d.C.


Nasceu na província de Lugduno, na Gália, em 1 de agosto de 10 a.C e foi o primeiro imperador romano que não nasceu na Itália. Teve uma infância difícil devido aos problemas físicos que tinha como a gagueira e isso o manteve afastado de uma possível sucessão imperial.


Cláudio subiu ao trono imperial em 41 d.C., após a guarda pretoriana ter assassinado o seu sobrinho Calígula.


Apesar de padecer de problemas físicos, Cláudio governou o Império Romano de maneira competente. Construiu canais, aquedutos, pavimentou estradas a fim de melhorar as comunicações com as províncias mais distantes do Império. Também ergueu o porto de Óstia.


Quanto às conquistas militares, durante o seu reinado foram anexadas as províncias da Trácia, Judeia, Lícia, Nórico e Panfília e Mauritânia. No entanto, a conquista mais importante foi a Britânia (atual Grã-Bretanha).


Apesar da sua crueldade para com os senadores e equestres (a mais baixa aristocracia romana), organizou as finanças do Estado e conseguiu manter a paz em Roma.


Em 54, Cláudio foi envenenado por Agripina, sua esposa e mãe do futuro imperador Nero. Após sua morte foi deificado pelo Senado Romano.


Nero

Nero Cláudio Augusto Germânico foi imperador do ano de 54 a 68.


Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37. Nero tornou-se governante numa época de grande esplendor do Império Romano, mas segue sendo uma figura polêmica.


Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero cancelou todos os éditos publicados pelo Imperador Cláudio, pois o considerou um administrador incompetente. Tal como seus antecessores, usou a violência para sufocar as revoltas que aconteciam nas províncias imperiais.


Quanto às guerras de expansão, ao contrário de seus antecessores, Nero não foi um grande conquistador e empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia. Por sua vez, aproveitou para melhorar, através da diplomacia, as relações com a Grécia.


Alguns historiadores debatem a competência deste imperador para administrar o Império. Afinal, muitas de suas resoluções tinham influência de sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lúcio Sêneca.


Um episódio que marcou a trajetória de Nero foi o incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente, pois o imperador estava em Anzio naquele momento e retornou à Roma ao saber que a cidade ardia.


Aqueles que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos do político e historiador Tácito. Este afirma que o Imperador teria ficado cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava.


Enquanto não se tem certeza da autoria do atentado, o fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados, crucificados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras. Posteriormente, os historiadores cristãos só aumentaram a lenda de imperador cruel e implacável com os cristãos.


Além deste, outros episódios colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio e em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina.


Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim à dinastia Júlio-Claudiana.


Veja mais sobre Nero.


Tito

Tito Flávio Vespasiano foi imperador de 79 a 81 d.C.


Nasceu em Roma em 30 de dezembro de 39. Apesar do seu curto reinado ele ficaria conhecido por ter sido o responsável pela destruição do Templo de Salomão, em Jerusalém, e a dispersão dos judeus pelo mundo.


Três desastres naturais ocorreram durante o seu reinado: um incêndio em Roma, uma terrível peste e a erupção do Vesúvio que engoliu Pompeia. Entretanto, nem esses fatos diminuíram a boa reputação que obteve junto à população durante seu reinado.


Tito, foi alcunhado de ser “o novo Nero”, pela sua fama de cruel e intolerante, acabou chamado de “As delícias do gênero humano” por conta dos benefícios feitos ao povo. Um deles foi a conclusão do Coliseu de Roma que garantia diversão, ainda que sangrenta, para os extratos mais pobres da população.


Para aplacar as revoltas da Palestina mandou destruir o Templo do Rei Salomão, símbolo da unidade do povo de Israel. Isto levou ao começo da diáspora judaica e o fim do Estado judeu até a criação do Estado de Israel.


Ao falecer, em 13 de setembro de 81, teria dito uma enigmática frase: “cometi apenas um erro em minha vida”. Vários estudiosos especulam a que erro o imperador se referia. Teria sido não matar o irmão Diocleciano, seu maior rival? Jamais saberemos.


Após sua morte, o Senado Romano o declarou deus e seu culto se espalhou por Roma.


Trajano

Marco Úlpio Nerva Trajano foi imperador de 98 a 117.


Nasceu no ano 53, na Itálica (atual Santiponce, na Espanha) sendo o primeiro imperador romano a nascer nesta província.


Foi considerado um excelente general, um administrador detalhista e disciplinado e afirmava que todos os imperadores deveriam ser “simples cidadãos”.

O seu reinado foi marcado pelo alargamento das fronteiras do império a Leste, com a conquista da Dácia (atual Romênia), Arábia, Armênia e Mesopotâmia.


terça-feira, 14 de setembro de 2021

Plano Collor

 Contexto Histórico

O Brasil vivia momentos de euforia política, pois em 1989 seriam celebradas as primeiras eleições diretas e pluripartidárias para presidente, após o fim da ditadura militar.


Por outro lado, a inflação e a estagnação econômica eram os principais problemas que o país enfrentava.


Após 30 anos sem poder eleger um presidente, o brasileiro sentia que reconquistava seus direitos políticos que haviam sido suspensos pela ditadura militar. Uma nova Constituição fora promulgada e novos direitos trabalhistas e sociais haviam sido incluídos na Carta Magna, o que deixava a população confiante.


Durante a campanha, lideranças históricas como Lula da Silva, da esquerda, ou Uliysses Guimarães, da direita, se apresentaram como opções. Entretanto foi o jovem governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, que soube conquistar os eleitores com sua imagem moderna, atlética e de combate aos corruptos.


O cenário externo não era dos melhores. A década de 80 foi dominada pela implementação do neoliberalismo em países como os Estados Unidos e o Reino Unido.


Desta maneira, estava na ordem do dia privatizar e reduzir o gasto público. O neoliberalismo no Brasil seria posto em prática pelo governo Collor.


Origem

O Plano Collor foi decretado através de uma medida provisória. Isso quer dizer que ele não foi levado ao Congresso Nacional para debate e nem votado pelos congressistas.


Igualmente, Collor de Mello e sua equipe jamais tinham mencionado dito plano durante a campanha eleitoral. O candidato prometia acabar com a inflação e melhorar a economia, mas reforçava que seria através do combate à corrupção e da demissão de maus funcionários públicos.


Assim, a população brasileira foi tomada de surpresa com o feriado bancário de três dias após a posse. Mas o que geraria mais espanto foi a comunicação realizada pelo próprio presidente Collor de Mello no dia 16 de março de 1990 explicando o plano econômico.


Collor nomeou como responsável pela pasta econômica, a professora da USP Zélia Cardoso de Mello. Ela não tinha experiência política, mas tinha sido ex-assessora da Secretária do Tesouro, durante os anos 80. Ali conheceria Collor, então governador de Alagoas, e trabalharia com ele desde o começo da campanha eleitoral.


O ministério da Economia englobou os do Planejamento e da Fazenda, além de secretarias como a Receita Federal. Zélia Cardoso era, assim, uma das ministras mais poderosas do governo.


Medidas do Plano Collor

Poupança retida para quem tivesse depósitos acima de 50.000 cruzeiros novos (atualmente, 5000 a 8000 reais);

os preços deveriam voltar aos valores de 12 de março;

mudança da moeda: de cruzados novos para cruzeiros, sem alterações de zeros;

início do processo de privatização de estatais;

reforma administrativa com o fechamento de ministérios, autarquias e empresas públicas;

demissão de funcionários públicos;

abertura do mercado brasileiro ao exterior com a extinção de subsídios do governo;

flutuação cambial sob controle do governo.

A medida mais polêmica do Plano Collor foi a retenção das poupanças nos bancos, para os correntistas que tivessem depósitos acima de 50.000 cruzeiros. Rapidamente, isto foi chamado de “confisco” pela população.


O governo retinha os depósitos acima deste valor e pretendia devolvê-los em 18 meses com correção e juros de 6% ao ano. Com isto, visava conseguir liquidez para financiar projetos econômicos.


Segundo a Ministra Zélia Cardoso de Mello, 90% das contas de poupança brasileiras eram abaixo deste valor e esta retenção não prejudicaria a economia nacional. Igualmente afirmava que o governo ressarciria os depósitos dentro do prazo estipulado.


Tal fato nunca ocorreu e milhares de correntistas tiveram que entrar na Justiça para reaver seu dinheiro.


Plano Collor 2

O plano Collor 1 foi um fracasso. Embora tivesse conseguido diminuir a inflação no primeiro mês, nas semanas seguintes os preços continuariam a aumentar e os salários a diminuir.


Também por medida provisória publicada em 1º de fevereiro de 1991, o presidente instituiu mais normas econômicas que seriam conhecidas como o Plano Collor 2.


Dentre elas estavam:


Aumento de tarifas públicas para os Correios, energia e transporte ferroviário;

fim do overnight e criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF);

criação Taxa de Referência de Juros (TR).

Consequências

Os planos Collor 1 e 2 não conseguiram salvar a economia brasileira e tampouco conter a inflação. Alguns economistas afirmam que o Brasil quebrou, pois os créditos ficaram mais caros e difíceis de obter. Outros estudiosos apontam que foi apenas uma recessão muito profunda.


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Período Arcaico - resumo

 O Período Arcaico, entre os anos de 800 a.C. e 500 a.C., corresponde ao terceiro período histórico da Grécia Antiga, logo após o período homérico.


Esta época guarda profundas mudanças políticas e econômicas devido à consolidação das cidades-estados, das quais se destacam Esparta e Atenas.


Períodos da Grécia Antiga

Para fins de estudo, a história da sociedade grega, na Antiguidade, está dividida em quatro períodos:


Período Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.)

Período Homérico (séculos XII - VIII a.C.)

Período Arcaico (séculos VIII - VI a.C.)

Período Clássico (séculos V - IV a.C.)


Características do Período Arcaico

Com o fim do período homérico e do declínio das comunidades patriarcas dos genos, a expansão das cidades-estado dominou esse período da história grega.


Surge o conceito de sociedade privada na sociedade grega, a qual era comandada pelos proprietários de terra.


Economia

Foi a partir desse período que os antigos genos foram transformados em unidades políticas maiores chamadas de polis ou cidade-estado.


Controladas por uma aristocracia proprietária de terras, esses núcleos urbanos, aos poucos se tornaram importantes centros comerciais do mundo grego. Cada uma delas possuía autonomia e independência das quais as maiores e mais prósperas foram Esparta e Atenas.


Além disso, de uma economia agropastoril que predominou o período anterior, o comércio passa a ser uma das mais importantes fontes econômicas.


Como a população aumentava e as terras cultiváveis disponíveis eram limitadas, as cidades-gregas fundam colônias ao longo do Mar Mediterrâneo.


Cultura e Filosofia

Nessa fase, a arte grega atinge o apogeu com a construção de templos, a expansão da pintura, da escultura e do artesanato (sobretudo dos objetos de cerâmica).


Trata-se de um período crucial para a filosofia, pois os autores deixam de buscar as explicações em mitos e usar a razão para entender o mundo.


Religião

O período arcaico é o apogeu das consultas aos deuses, especialmente através dos oráculos.


O mais conhecido era o Oráculo de Delfos, onde pessoas de todas as condições sociais, acudiam para receber mensagens, ditas pelas pitonisas, do próprio deus Apolo.


Olimpíadas

Os Jogos Olímpicos surgem no período arcaico. Além de reunir competidores de diversas partes, era declarada uma trégua em todos os conflitos em curso.


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